segunda-feira, 30 de maio de 2011

São Paulo sedia Semana da Sustentabilidade



Entre os dias 30 de maio e 5 de junho, a cidade de São Paulo sediará a Semana da Sustentabilidade, que reunirá uma porção de atividades que buscam mostrar à população como é possível adotar práticas sustentáveis no dia a dia

O evento contará com várias mesas-redondas, formadas por especialistas, que discutirão temas como mobilidade urbana, alimentação sustentável, trabalho em rede e saúde e meio ambiente, além de oficinas de criação de brinquedos e customização de roupas e duas exposições - de fotos e obras em aquarela - sobre a água. 

Até mesmo as crianças terão atividades especiais na programação da Semana da Sustentabilidade. Entre elas, a apresentação "Sabendo Usar Não Vai Faltar", que será feita por dois personagens da Turma do Cocoricó - Júlio e Alípio - e mostrará aos pequenos a importância dapreservação do meio ambiente

programação completa do evento pode ser acessada no site do Instituto Baraeté - que promove a Semana da Sustentabilidade em parceria com a Livraria Cultura. Não é preciso realizar inscrição prévia para participar das atividades, mas as vagas são limitadas e, por isso, a organização do evento sugere que os interessados cheguem ao local cerca de uma hora antes do início das atividades. 

A Semana da Sustentabilidade ainda integrará a programação da Virada Sustentável, que acontece nos dias 4 e 5 de junho, em São Paulo. (Leia também: Exposição fotográfica do Planeta, na Virada Sustentável


Semana da Sustentabilidade 
Data: 30 de maio a 5 de junho 
Local: Livraria Cultura do Bourbon Shopping 
Endereço: Rua Turiassú, nº 2100, Pompéia - São Paulo/SP 
Para mais informações, acesse a programação completa do evento

Por 

Débora Spitzcovsky

Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

sexta-feira, 27 de maio de 2011

7 dicas para praticar um trânsito mais gentil

O Movimento Trânsito + Gentil acredita numa mudança de comportamento: atitudes gentis no trânsito geram atitudes mais gentis. Seja gentil você também e apoie esta causa.







Segue abaixo algumas dicas bem simples para você que deseja praticar um Trânsito+gentil, mas ainda não sabe como. Quando você é gentil, os outros notam e tomam como exemplo a sua atitude. Que tal começar fazendo a sua parte? Vamos lá!


1) Preferências
Do menor para o maior. No trânsito temos essa lógica natural onde o menor em tamanho tem a preferência.
Tamanho: Ônibus > Carro > Moto > Bicicleta > Pedestre.
Preferência: Pedestre > Bicicleta > Moto > Carro > Ônibus.
Portanto, dê preferência a quem é de direito, e que não seja só pela regra, mas sim porque você quer praticar essa gentileza!

2) Mudança de faixa
Você estava dirigindo, se distraiu e vai perder a entrada? Ou não quer entrar no final da fila para fazer a conversão? Não force a passagem lá na frente. Dê
a volta e entre no final da fila. Se você forçar a passagem vai, no mínimo, causar algum constrangimento para a pessoa que estava ali, aguardando na fila de forma correta.
Isso se essa pessoa não estiver predisposta a não lhe deixar passar. Aí a coisa fica feia!
Evite esse conflito e dê a volta para entrar na fila como todos os outros. Você perderá poucos minutos, mas não incomodará ninguém.

3) Disputa por lugar
Pegando o exemplo acima, se um espertinho quiser lhe fechar por conta de ter perdido a entrada ou mesmo porque não quis esperar na fila como você fez, não precisa tentar ensiná-lo à força não o deixando entrar, buzinando, gesticulando ou dando farol alto. Deixe o espertinho entrar e tudo bem. Você não perdeu nada com isso, pode acreditar.
4) A faixa de pedestre
No trânsito, esse é o espaço onde os pedestres atravessam a rua em segurança e não o local onde, se o motorista parar, tomará uma multa. Respeitemos o pedestre por ele merecer esse respeito, e não só porque vai doer no bolso.

5) Travessia de ruas
Se o pedestre tem a faixa, por que atravessar fora dela? Motivos que geralmente são dados: não tem cruzamento ou passarela por perto. Mas andar um pouquinho mais pela segurança e preservação da vida não é uma boa ideia? E além disso ajuda a não surpreender um motorista que vem pela via onde o pedestre vai atravessar fora da faixa. Dessa forma todos ficam mais seguros.
6) Ciclistas
Geralmente, os ciclistas trafegam pela direita. Portanto, olhe no retrovisor quando estiver na faixa da direita para ver se ninguém de bicicleta está passando.
Antes de o carona abrir a porta, certifique-se de que não tem um ciclista em movimento ao seu lado. Uma “porta distraída” se abrindo ou uma parada repentina
pode causar, no mínimo, um grande e desnecessário susto.

7) Motociclistas
Às vezes, os motociclistas passam por entre as faixas dos carros com bastante pressa. Você, no seu carro, van, ônibus ou caminhão, respeite e deixe espaço para que ele passe e também tome cuidado ao mudar de faixa. Respeite o motociclista e dê a preferência. Se estiver pensando em mudar de faixa, tenha certeza de que dará tempo. Na dúvida, deixe com que ele passe primeiro e só depois mude de pista. Não é mais fácil assim?
Essas foram as 7 dicas para um Trânsito+gentil. Mas elas não são as únicas. Você com certeza tem as suas, certo? Então, deixe um comentário com as suas dicas de como praticar um Trânsito+gentil!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ser chique sempre, por Glória Kallil

Recebi este texto de uma amiga especial hoje, Marilene Medeiros, e quero compartilhar...
Obrigada Mari! Que Deus a abençoe imensamente em todos os teus propósitos!

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.

A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida. Chique mesmo é quem fala baixo.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.

Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.

Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.

É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar-se do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder jamais!
Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar", o telefone, quando estiver sentado à mesa do restaurante, prestar verdadeira atenção a sua companhia.


Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!

Chique do chique é não se iludir com "trocentas" plásticas do físico... quando se pretende corrigir o caráter: não há plástica que salve grosseria, incompetência, mentira, fraude, agressão, intolerância, ateísmo...falsidade.

Mas, para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos terminar da mesma maneira, mortos sem levar nada material deste mundo.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem, que não seja correta.

Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!

Porque, no final das contas, chique mesmo é Crer em Deus!

Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas, Amor e Fé nos tornam humanos!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sentar-se à Janela do Avião





Era criança quando, pela primeira vez, entrei em um avião.

A ansiedade de voar era enorme. Eu queria me sentar ao lado da janela de qualquer jeito, acompanhar o vôo desde o primeiro momento e sentir o avião correndo na pista cada vez mais rápido até a decolagem. Ao olhar pela janela via, sem palavras, o avião rompendo as nuvens, chegando ao céu azul. Tudo era novidade e fantasia...
Cresci, me formei e comecei a trabalhar.
No meu trabalho, desde o início, voar era uma necessidade constante. As reuniões em outras cidades e a correria me obrigavam, às vezes, a estar em dois lugares num mesmo dia. No início pedia sempre poltronas ao lado da janela, e, ainda com olhos de menino, fitava as nuvens, curtia a viagem, e nem me incomodava de esperar um pouco mais para sair do avião, pegar a bagagem, coisa e tal. O tempo foi passando, a correria aumentando, e já não fazia questão de me sentar à janela, nem mesmo de ver as nuvens, o sol, as cidades abaixo, o mar ou qualquer paisagem que fosse. Perdi o encanto. Pensava somente em chegar e sair, me acomodar rápido e sair rápido. As poltronas do corredor agora eram exigência. Mais fáceis para sair sem ter que esperar ninguém, sempre e sempre preocupado com a hora, com o compromisso, com tudo, menos com a viagem, com a paisagem, comigo mesmo.
Por um desses maravilhosos 'acasos' do destino, estava eu louco para voltar de São Paulo numa tarde chuvosa, precisando chegar em Curitiba o mais rápido possível... O vôo estava lotado e o único lugar disponível era uma janela, na última poltrona. Sem pensar concordei de imediato, peguei meu bilhete e fui para o embarque. Embarquei no avião, me acomodei na poltrona indicada: a janela. Janela que há muito eu não via, ou melhor, pela qual já não me preocupava em olhar. E, num rompante, assim que o avião decolou, lembrei-me da primeira vez que voara. Senti novamente e estranhamente aquela ansiedade, aquele frio na barriga. Olhava o avião rompendo as nuvens escuras até que, tendo passado pela chuva, apareceu o céu. Era de um azul tão lindo como jamais tinha visto. E também o sol, que brilhava como se tivesse acabado de nascer.
Naquele instante, em que voltei a ser criança, percebi que estava deixando de viver um pouco a cada viagem em que desprezava aquela vista...
Pensei comigo mesmo: será que em relação às outras coisas da minha vida eu também não havia deixado de me sentar à janela, como, por exemplo, olhar pela janela das minhas amizades, do meu casamento, do meu trabalho e convívio pessoal?
Creio que aos poucos, e mesmo sem perceber, deixamos de olhar pela janela da nossa vida. A vida também é uma viagem e se não nos sentarmos à janela, perdemos o que há de melhor: as paisagens, que são nossos amores, alegrias, tristezas, enfim, tudo o que nos mantém vivos. Se viajarmos somente na poltrona do corredor, com pressa de chegar, sabe-se lá aonde, perderemos a oportunidade de apreciar as belezas que a viagem nos oferece.
Se você também está num ritmo acelerado, pedindo sempre poltronas do corredor, para embarcar e desembarcar rápido e 'ganhar tempo', pare um pouco e reflita sobre aonde você quer chegar. A aeronave da nossa existência voa célere e a duração da viagem não é anunciada pelo comandante. Não sabemos quanto tempo ainda nos resta.
Por essa razão, vale a pena sentar próximo da janela para não perder nenhum detalhe. Afinal, a vida, a felicidade e a paz são caminhos e não destinos.
Autor: Alexandre Garcia

terça-feira, 24 de maio de 2011




John Kotter: Uma boa visão pode exigir sacrifícios

Nesta segunda parte da série de quatro artigos, são mostrados os conceitos de John Kotter sobre visão de mudança.  


Os steps 3 e 4 dos conceitos  de John Kotter, acadêmico e Doutor em Comportamento Organizacional pela Harvard Business School, traz como tema a Visão de Mudança. Veja como desenvolver e vender internamente este conceito. Confira.




3º Passo - Desenvolver uma visão de mudança

Para que a gestão da mudança seja eficiente, é preciso que a organizações tenha claro qual é o cenário futuro, ou seja, a organização precisa esclarecer como o futuro será diferente do passado. Assim, as pessoas terão claro o ponto de inflexão. De acordo com Kotter, a visão de mudança é importante por três principais pontos:

1. Simplifica centenas ou milhares de dados mais detalhados para a tomada de decisões.

2. Motiva as pessoas a agir e caminhar na direção certa. “Mesmo que os primeiros passos sejam dolorosos”, diz o acadêmico em seu website.

3. Ajuda a coordenar as ações de diferentes pessoas de uma forma extremamente rápida e eficiente. “Uma visão clara e poderosa vai fazer muito mais do que um decreto autoritário”, recomenda.

Entende-se aqui por uma visão de mudança um sistema, que inclui estratégias, planos e orçamentos. Entretanto, Kotter resume que a visão deve ser “a cola que mantém essas coisas juntas e faz todo o sentido para a mente e o coração”. Uma boa visão, na opinião do acadêmico, pode exigir sacrifícios, pois deve ter o objetivo de criar um futuro melhor para todos stakeholders da empresa.
É importante que a visão seja estrategicamente viável. Para isso, é preciso que leve em conta a realidade atual da empresa e as metas estabelecidas, que podem ser ambiciosas, desde que sejam atingíveis. “Grandes líderes sabem como fazer estes objetivos ambiciosos parecerem factíveis. Quando uma visão é atada com uma estratégia forte e credível, torna-se evidente para as partes interessadas que a visão não é apenas um sonho”, pontua o consultor.
As visões eficazes têm seis características-chave. São elas:

1. Imaginável: transmitem uma imagem clara de como será o futuro.

2. Desejável: apelam para uma vantagem de longo prazo para os funcionários, clientes, acionistas e outros, que têm uma participação na empresa.

3. Viável: contêm metas realistas e atingíveis.

4. Focado: as visões são claras o suficiente para fornecer orientações para a tomada de decisão.

5. Flexível: permitem que a iniciativa individual e respostas alternativas surjam diante de novas condições.

6. Transmissível: são fáceis de comunicar e podem ser explicadas rapidamente.



4º Passo - Comunicar a visão para os Buy-in

Para que a mudança ocorra é preciso que tenha um suporte interno e externo. Sendo assim, é necessário garantir que o máximo de pessoas possível, compreenda e aceite a visão de mudança.  É claro que ganhar um entendimento e compromisso com uma nova direção nunca é tarefa fácil, especialmente em organizações complexas.   
De acordo com Kotter, a maioria das empresas subestimam a comunicação de suas visões. Para ser eficaz, a visão deve ser comunicada em atividades de hora em hora. A visão será referida em e-mails, reuniões, apresentações, ou seja, será comunicada em qualquer lugar. Reuniões entediantes devem ser transformadas em discussões interessantes sobre a transformação. Programas de educação genéricos são jogados fora e cursos que se concentrem em problemas do negócio e na nova visão passarão a ser lecionados.
Ao comunicar a visão para a transformação, é preciso ter em mente que a visão deve ser:

Simples: uma única palavra ou até mesmo um jargão.

Viva: uma imagem verbal vale mais que mil palavras, ou seja, a comunicação deve fazer uso de metáforas, analogias, por exemplo.

Repetitiva: as ideias devem ter o poder de se espalhar no boca a boca.

Participativa: a comunicação de duas vias é sempre mais poderosa do que a comunicação one-way.

Ainda mais importante do que aquilo que é dito, é o que é feito. Os líderes que querem transformar suas organizações devem se tornar um exemplo vivo da nova cultura corporativa. “Nada compromete um programa de comunicação mais rapidamente do que as ações inconsistentes pela liderança”, alerta Kotter, em seu website.



Confira os passos seguintes nas próximas semanas:
Dia 07 de junho – Steps 5 e 6:  John Kotter: Capacite pessoas e remova barreiras
Dia 21 de junho – Steps 7 e 8: John Kotter aconselha: Nunca desanime!



Referência bibliográfica: Kotter International.com

Por Patricia Santana (colaboradora do Portal HSM).

Fonte: Portal HSM
16/02/2011


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Goiania Opera Festival: Programação Oficial, Confiram!

Goiania Opera Festival: Programação Oficial, Confiram!

Ser e Fazer





Tudo na vida está por fazer. O que já fizemos é apenas o início da nossa tarefa. Ser e fazer são duas faces da mesma moeda. Quem é, faz. Quem não faz, não é. Podemos lembrar a doutrina de potência e ato em Aristóteles. Somos em nós mesmos a potência de quanto temos que fazer. Mas só fazendo nos atualizamos, nos convertemos na realidade viva do nosso destino, no ato de viver. Os filósofos existenciais consideram hoje que, para o homem, a vida é potência que se realiza no ato de existir. Assim, existir é viver conscientemente, lutando sem cessar na busca da transcendência.

A mensagem de André Luiz toca num ponto essencial da Filosofia Espírita – o seu aspecto existencialista. Ao contrário do que geralmente se pensa, o Existencialismo não é uma corrente superficial do pensamento moderno. É um esforço para a compreensão do Ser através da Existência, uma busca do homem através do seu fazer. No Espiritismo essa busca se amplia e se aprofunda com a doutrina das existências sucessivas. O homem se faz a si mesmo fazendo o que lhe compete em cada existência. Se ele se considerar feito ou incapaz de fazer, não transforma a vida em ato, não existe.

As plantas e os animais vivem. A vida se atualiza nos reinos vegetal e animal através do simples ato de viver. Mas no homem existe a consciência, que supera o simples viver, exigindo o fazer espiritual. O homem não pode vegetar nem viver segundo os instintos animais. A consciência contém os seus próprios instintos que em O Livro dos Espíritos são designados como instintos espirituais. Estes exigem do homem a definição do seu viver no rumo das suas aspirações. Só assim ele se torna um existente, que no Espiritismo se define como interexistente, um ser que existe entre dois mundos.

É por isso que o homem precisa aceitar-se tal qual é, tomando consciência das suas deficiências, dos seus defeitos, para fazer o melhor de si mesmo, para superar-se. As Filosofias da Existência, que caracterizam o pensamento filosófico do nosso tempo, confirmam a Filosofia Espírita e nos fornecem novos elementos para melhor compreendê-la. Se o leitor desejar aprofundar este assunto, deve ler o nosso livro “O Ser e a Serenidade”, da Coleção Filosófica Edicel. Não podemos indicar outro, simplesmente por não existir.



por Irmão Saulo - Do livro: Diálogo dos Vivos, Médium: Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires (Irmão Saulo).

sexta-feira, 20 de maio de 2011

15 filmes que todo administrador deve ver

Cena do filme "Amor sem escalas", com George Clooney




Professores da área de Administração e Negócios recomendam as obras que consideram indispensáveis para os profissionais que ocupam cargos de gerência


"O cinema é a arte do século XX e a Administração a disciplina. Ambos têm feito uma aliança para mostrar o empresário ou o administrador ao mundo". Assim define María Elena Carballo, ex-ministra da Cultura da Costa Rica e professora do Incae Business School, a relação entre o cinema e a Administração de Empresas.

Carballo explica que a sétima arte tem se interessado desde o início do século pelas figuras do empresário e do administrador, e as mostra para prover um campo de análise. Na maioria das vezes o faz de uma forma crítica, para que possamos estudar seu comportamento.

"Na vida real, não se pode fechar as pessoas em um globo para experimentar como em "O show de Truman", porque é antiético, mas você pode estudar sua acção com antecedência e, em seguida, traduzi-lo em uma obra, quer seja no cinema ou na literatura", disse Carballo.

Um dos ensinamentos que há no cinema, explica a acadêmica, é que ele mostra as múltiplas dimensões de quem tomas as decisões. "É a grande diferença que tem com os estudos de caso, onde você vê os resultados da empresas e do gerente em uma única dimensão. No cinema você sua vida íntima, como se esforçam para fazer sua empresa prosperar, mas também como traem, se enfurecem, algo que se aproxima muito mais dos seres humanos", afirma.

Para ela, isso é o que interessa conhecer nas escolas de negócios, e explica também que se abordam constantemente os temas que estão por trás do sucesso, como a solidão.

"Quando uma família faz uma homenagem ao empresário latinoamericano o pinta como um santo, e isso o distancia totalmente da realidade. Em geral, eles são pessoas com as mesmas falhas que temos todos, e isso é o interessante, seus problemas, seus erros, e como chegam a formas grandes conglomerados empresariais lidando com isso", explica a professora.

Nos Estados Unidos, aponta a ex-ministra, é muito mais fácil abordar esses temas no cinema, porque eles podem ver como heróis personagens como Bill Gates. Na América Latina, se exalta mais o herói militar ou o religioso. "Nós praticamente não temos filmes sobre administradores, porque se tende a pensar que são pessoas pouco interessantes ou desonestas, e esse mito tem que ser mudado ensinando as pessoas histórias de empresários que têm feito coisas boas, mas que cometeram erros também", defende.

Estudos de caso

O professor da escola equatoriana Espae-Espol Francisco Alemán, orientador de um cine-fórum para estudantes de MBA chamado "Hollywood e Administração", crê que p uso de filmes pode ajudar na compreensão de determinados modelos teóricos, mas também de como os personagens são influenciados pelos comportamentos organizacionais e as motivações gerenciais, que são parte desse mundo real.

"O cinema é um bom meio de descrever os comportamentos humanos, organizacionais, os processos de tomada de decisões, a comunicação, os estilos de liderança e tudo que tem relação com um tema específico", afirma o professor. Além do mais, explica que o tema dos estudos das escolas de negócios são os casos, e o cinema dá um maior realismo a esses casos.


Os filmes que um administrador não pode perder:



1 – Amor sem escalas (Up in the air, 2009)

Trata de um executivo que viaja o mundo com a missão de demitir trabalhadores de empresas multinacionais, e chega para trabalhar em seu departamento uma mulher que resolver implantar um processo de demissões por videoconferência. Entra em cena um conflito entre gerência tradicional versus gerência nova, que salta das escolas de negócios transformando as relações. "George Clooney (o protagonista) representa a geração que se defende muito bem das mudanças tecnológicas e consegue, nesse sentido, se sustentar", afirma Alemán.

Outro conflito presente é o da comunicação. O personagem tem um esquema de comunicação em que não escuta, não lê os sinais, o que resulta em um grande erro. Segundo Carballo, mostra um problema psicológico do personagem. "Ao fazer essa coisa tão horrível que é despedir as pessoas, se protege viajando constantemente sem ter relações interpessoais constantes, assim desenvolve uma armadura para não se comprometer emocionalmente com ninguém e quando se compromete já é tarde", afirma.

2 – Ponto Final – Match Point (Match Point, 2005)

"Aí está o personagem arrivista, que é do século XIX, o que vai chegar ao topo", diz o professor. Seu personagem principal, um tenista aposentado que dá aulas a milionários em Londres, é traído por sua própria ganância, e ao mesmo tempo pelo sexo e a paixão.

3 - Enron: The Smartest Guys in the Room, 2003

Documentário sobre a fraude e posterior falência da empresa norte-americana Enron, um caso fantástico para tratar de ética profissional, indica Alemán.

4 – Treze dias que abalaram o mundo (Thirteen Days, 2000)

Aborda a crise dos mísseis em Cuba, em 1962. Explora o modelo de decisões do agente racional e expõe conceitos que interessantes sobre tomada de decisões e estratégias.

5 - A Verdade dos Bastidores (The Quiz Show, 1994)

Trata de um caso real dos anos 50: um engano massivo da televisão, aborda o tema da corrupção. ""É para pensar o início da carreira. Nele, três jovens tomam decisões que serão definitivas para suas vidas profissionais", conta Carballo.

6 - Barbarians at the Gate, 1993

Descreve o golpe mais famoso na história da RJR Nabisco. Os temas interessantes seriam: LBO, Teoria da Agência, Fusões e Aquisições.

7 – Encontro com Vênus (Venus Meeting, 1991)

"Um diretor da Europa Oriental chega para conduzir uma orquestra onde predomina a Europa Ocidental. Mostra o quanto é difícil conseguir o sucesso em outra região. Excelente filme para analisar a liderança intercultural", diz Carballo.

8 - Com o Dinheiro dos Outros (Other People's Money, 1991)

Trata de uma empresa adquirida de maneira fraudulenta e as transformações que decorrem disso. "Nele, aprendemos sobre gerência das mudanças, resistência às mudanças, os valores da empresa antiga e como resgatá-los", afirma Alemán.

9 – Crimes e pecados (Crimes and Misdemeanors, 1989)

Esse filme mostra dois homens de sucesso que devem enfrentar diferentes dilemas éticos. "Trata muito bem do tema do crime e o castigo", afirma Carballo.

10 - Tucker (Um homem e seu sonho, 1988)

Trata de um empresário que quis introduzir inovações nos automóveis de sua época para criar "o carro do futuro", potente, rápido e aerodinâmico, e se depara com diversos obstáculos, mas consegue desenvolver suas propostas.

11 – O último imperador (El Último Emperador, 1987)

É a história do último imperador chinês, que subiu ao trono aos três anos de idade. Serve para ver o estilo e entender como o líder nunca está só e encontra-se sempre rodeado de uma equipe que o molda.

12 – Wall Street 1 – Poder e cobiça (Wall Street, 1987)

Apresenta o homem ganancioso e inescrupuloso capaz de fazer o que seja por dinheiro. "Mostra muito bem o perigo que é o tema do manejo da informação confidencial no mercado de valores, e também diferentes faces da liderança", afirma Alemán.

13 - Gandhi (Gandhi, 1982)

Biografia do líder indiano que lutou contra os abusos da ocupação inglesa e junto a outros líderes levou finalmente a independência do seu país em 1947. "Desse filme pode-se tirar grandes lições de liderança", afirma Carballo.

14 – Doze homens e uma sentence (Twelve Angry Men, 1957)

Nesse clássico pode-se explorar temas como eficiência da decisão coletiva, liderança, persuasão, comunicação.

15 – O cidadão Kane (Citizen Kane, 1941)

"É um filme extraordinário, que está entre os 10 melhores da história. É uma obra indiscutível de um cineasta jovem, cujo protagonista associa para sempre a solidão e o sucesso profissional, uma dicotomia real de que somos exitosos somos solitários", explica Carballo. 


segunda-feira, 16 de maio de 2011

"Pega e lê"



Credita-se a Santo Agostinho, um dos sábios da Igreja Católica, a descoberta de que se podia ler sem enunciar as palavras. Até então, os textos eram murmurados, assim como fazem as crianças recém-alfabetizadas. Autor do que pode ser considerado uma das primeiras autobiografias, Confissões, ele passava por uma das inúmeras crises existenciais que o acometeram durante a juventude quando ouviu uma voz interior que lhe dizia: "Pega e lê". E ele leu, então, as Cartas de São Paulo que constam do Novo Testamento. Mais de 1600 anos depois que Santo Agostinho "pegou e leu", milhões de pessoas, apesar dos periódicos atestados de óbito conferidos à literatura e a tudo a ela relacionado, continuam tendo na leitura uma fonte de prazer intelectual e estético, além de um caminho mais seguro para o progresso pessoal e o aperfeiçoamento profissional. Em pleno fulgor da era digital, ler continua essencial e divertido.

A reportagem de VEJA (edição de 18 de maio de 2011) mostra como, contra todas as projeções pessimistas sobre o fim da figura do leitor entre os brasileiros, surgiu no país uma legião de jovens ávidos por leitura. Não em razão dos esforços _ em grande parte, aliás, inexistentes _ da rede de ensino ou do encorajamento eventual dos pais, mas graças à única coisa que verdadeiramente faz um indivíduo adquirir o hábito da leitura e não deixá-lo mais: o prazer. O fenômeno recente de séries como Harry Potter e Crepúsculo, costumeiramente desdenhadas pela crítica, foi o responsável por esse avanço. Em geral, avessa a enfrentar os livros impostos pelo lançamento de mais um volume de suas sagas preferidas. Ler, inesperadamente para os algozes da literatura e tudo a ela relacionado, tornou-se divertido.

VEJA já dedicou várias reportagens à necessidade da difusão da leitura e ao crescimento do mercado editorial no Brasil. Em todas elas, a revista enfatizou que, mais do que divertido, o hábito de ler é fundamental para a aquisição de conhecimento, para aprender a escrever de maneira correta e para adquirir um vocabulário mais preciso e refinado. Essas são as vantagens que os jovens brasileiros de agora também estão descobrindo por meio dos livros. Um dado interessante, ilustrado pela reportagem com base em análises de especialistas, é que, não importa a idade, um leitor pode ir aprimorando seu gosto, de modo a partir de livros despretensiosos e chegar a clássicos que, de certa forma, guardam semelhanças com o ponto de partida. Quem começa com Harry Potter pode chegar a ler O Leopardo, do italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa, ou Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Quem se inicia pelo best-seller A Cabana pode se tornar apreciador de livros como As Ligações Perigosas, do francês Choderlos de Laclos. Nunca é tarde para começar a ler e aprimorar-se culturalmente. Vamos lá, faça como Santo Agostinho: "Pega e lê".

Fonte: Veja (edição 2217 - ano 44 - nº20 - 18 de maio de 2011)